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14 Ene Revista Marxismo Vivo – Português N° 2
Na apresentação do primeiro número de Marxismo tivo diziamos que a partir das revoluções do Leste iniciara-se um amplo de bate sobre inúmeras questões.
Quatro meses apenas do lançamento da revista, c a situação mundial se mostra rica em fatos que geram e exigem novas conclusões programáticas e que, por isso, geram novos e novos debates.
Os levantes contra a fome que se sucedem, uns depois dos outros, na América Latina, assim como a intervenção militar dos Estados Unidos na Colômbia, colocam para os marxistas uma questão crucial que é analisar a mudança que vem ocorrendo na relação entre os estados desse subcontinente e as grandes potências imperialistas.
Por sua vez, a continuidade da ocupação militar no Kosovo por parte da OTAN e da ONU, depois da derrubada do odiado Milosevic (fato este saudado por todas as grandes potências como uma vitória da “democracia”) deixa no ar uma grande interrogação: qual é o papel da ONU?
Estes temas são tratados nesta revista, junto com outros igualmente importantes e atuais, como a questão do trabajo e da opressão da mulher, bem como assuntos de caráter mais geral, como a defesa do marxismo, a Teoria da Revolução Permanente e a questão nacional.
Também nesta edição, dois colaboradores publicam seus trabalhos sobre Rússia e China, e isto requer um esclarecimento.
Consideramos necessário incluir esses dois artigos em uma nova seção intitulada “Natureza dos Estados”. Dessa forma queremos iniciar um debate sobre essa questão crucial para os marxistas: o carácter dos Estados em particular daqueles onde, no passado, a burguesia foi expropiada, como é o caso de Rússia, de China, de Cuba e outros países.
Quando fechávamos este número da revista, um novo fato da luta de classes começou a sacudir o mundo. As massas palestinas, passando por cima dos planos de “paz”, estão se levantando, de forma revolucionária, contra o opressor Estado de Israel. Infelizmente, dado que os fatos são muito recentes, nesta revista não se publica nenhum artigo a respeito. É uma tarefa que fica para o próximo número e, como parte dela, convidamos as diversas correntes do marxismo revolucionário a participar com suas opiniões sobre este tema e, nesse marco, a responder a uma pergunta que é uma questão programática central: é possível a paz no Oriente Médio enquanto exista o Estado de Israel?
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