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14 Ene Revista Marxismo Vivo – Português N°4
Vários leitores de diversos países nos enviaram uma crítica: “Muitos operários, e outros que não são operários, têm dificuldades para entender determinados artigos de Marxismo Vivo”. Isto nos preocupa, especialmente neste número, dedicado à guerra do Afeganistão.
Nos preocupa porque a guerra é um acontecimento que afeta, de uma forma ou de outra, toda a população mundial, e por isso deve ser compreendida, em toda a sua profundidade, em primeiro lugar, pela classe operária.
Em 1939 era editada no México uma revista chamada Clave, que tinha objetivos similares a Marxismo Vivo, na qual Trotsky publicou uma carta aos leitores abordando este problema tão importante: como fazer para que a teoria revolucionária seja compreendida e assimilada pelos leitores operários?
Consideramos essa carta tão atual que decidimos adotá-la, nesta apresentação, como nossa “Carta aos leitores”:
“Não pretendemos que nossa revista seja de leitura fácil. A teoria marxista é um guia para a ação. Queremos leitores que estudem marxismo, que aprendam a pensar de maneira marxista, para que atuem como revolucionários proletários.
Os problemas que hoje a classe operária mundial enfrenta são extremamente complexos. Tratamos de dar-lhes as respostas mais simples e claras possíveis. No entanto, o operário comum não pode entender muitos dos artigos de nossa revista. Para superar esta dificuldade é necessário formar grupos de estudo. Os revolucionários proletários encaram seriamente os problemas, sobretudo em sua própria educação teórica. É preciso submeter cada artigo a uma profunda discussão. É preciso formular com precisão e transmitir aos diretores da revista todas as dúvidas e objeções que surjam. A comunicação constante entre os diretores e os leitores é o requisito fundamental para que a revista tenha uma orientação correta e se vincule estreitamente à luta de classes do proletariado”.
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