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14 Ene Revista Marxismo Vivo – Nueva Época Português N° 5
Na apresentação da edição anterior de Marxismo Vivo, assinalamos que, a partir deste número, a revista teria algumas características novas. Entre elas, destacávamos: “[Marxismo Vivo) buscará socializar as elaborações que, em forma polêmica ou não, forem surgindo nas diferentes instâncias da LIT”. Nós, na LIT-QL, salvo raras exceções, no passado, não atuavamos assim. Quando existiam polêmicas teóricas ou históricas que, às vezes, se prolongavam por anos, não as apresentávamos em nossos materiais públicos (somente nos inter nos). Publicamente, só apresentávamos os resultados finais dessas polêmicas.
Desde a edição anterior, em que reproduzimos as intervenções sobre a construção do partido revolucionário feitas num seminário internacional, começamos a tornar públicos nossos debates teóricos e históricos, muitas vezes polêmicos.
Nesta nova edição, não só mantemos este critério como o ampliamos. Como os leitores poderão apreciar, existem três grandes temas nesta revista, dos quais dois – a segunda parte do seminário e a discussão sobre o programa – incluem polêmicas.
Por que esse novo critério!
Quando foi proposto, surgiram algumas dúvidas entre nós. A principal era: esse novo critério não faria com que algumas seitas se utilizassem dele para nos atacar com mais força do que já fazem atualmente? Era uma dúvida pertinente, pois o mundo está cheio dessas seitas que, diante de sua incapacidade para se construírem, vivem parasitando outras organizações revolucionárias. Porém deixamos essa dúvida de lado por um critério de custo-beneficio. Porque é verdade que as seitas podem se valer de nosso novo critério, mas muito mais certo é que, para fazer avançar nossas elaborações programáticas, que é o que mais nos interessa nesse caso, precisamos do diálogo e da polêmica, inclusive com as organizações adversárias ou inimigas. Não conseguiremos isso se nossas elaborações, inclusive nossas polêmicas, não se tornarem públicas. Por outro lado, a vanguarda também precisa ser parte desses debates, pois a construção de um programa revolucionário não é apenas uma necessidade da LIT, mas de todos os lutadores.
Essa última reflexão vale para convidar a todos os nossos leitores, sejam ou não sejam da LIT, a se somarem à nossa batalha para construir um programa que responda às novas necessidades.
Os editores
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